Quando a obesidade já chegou
a um nível crítico e as atividades
físicas não causam efeito, é
necessário uma intervenção médica como a cirurgia bariátrica. É indicada,
principalmente para pacientes com o índice de massa corporal superior a 40 kg/m²,
e não ser vista como um procedimento para fins puramente estéticos, sendo um
dos últimos recursos utilizado pelos médicos.
Os pioneiros desse
procedimento, em 1954, foram Kremen e Liner, com finalidade de reduzir o peso e
foi utilizado a técnica de “desvio” de intestino (by-pass). No Brasil, o
precursor dessa técnica foi o Dr. Arthur Garrido. E, em 2006, o conceito metabólico
foi incorporado a cirurgia bariátrica em todo mundo, por conta de alguns
benefícios e controle sobre algumas doenças, como a diabetes e hipertensão arterial.
Antes da cirurgia o paciente deve consultar e
ser acompanhado (obrigatório) de um cardiologista, psiquiatra, psicólogo,
nutricionista e do cirurgião, além de realizar diversos exames, como exemplo,
ultrassom abdominal e endoscopia digestiva. Após a cirurgia o paciente periodicamente
deverá consultar os profissionais já referidos. Também recomenda-se atividade
física e complemento vitamínico.
Existem
três procedimentos da cirurgia, podendo ser por videolaparoscopia ou aberta:
1)
Cirurgias disabsortivas:
Ocorre
a redução da capacidade de absorção do intestino delgado. A mais conhecida é a
operação de Scopinaro;
2)
Cirurgias restritivas:
Promove-se
a diminuição do tamanho do estômago, assim ele comporta menos alimentos;
3)
Cirurgias Mistas:
Com
pequeno grau de restrição e desvio curto do intestino com discreta má absorção
de alimentos. A técnica mais conhecida é
a do by-pass gástrico com anel.
Dentre esses tipos, no brasil são aprovadas quatro diferentes técnicas cirúrgicas,
são elas:
ü O
by-pass gástrico, a mais praticada no
Brasil (75% das cirurgias realizadas, por conta da sua segurança e eficácia),
que é procedimento misto, feito pelo grampeamento de parte do estomago, reduzindo
o espaço do alimento, e desvio do intestino inicial, assim promove aumento de hormônio
de saciedade, diminuindo a fome.
ü A Banda gástrica ajustável (5% dos procedimentos), não promove mudança na produção de hormônios como a by-pass, a técnica é eficaz e segura, ela é feita com a instalação de um anel de silicone inflável e ajustável ao redor do estomago, que torna possível controlar o esvaziamento do estomago, apertando mais ou menos o órgão.
ü Gastrectomia
vertical, procedimento novo, começando nos anos de 2000, tem boa eficácia no
controle da hipertensão e doenças dos lipídios. Consiste em transformar o
estomago em um tubo, com capacidade de 80 a 100 ml, provocando boa perca de
peso, comparando com a by-pass, e
maior que a banda gástrica ajustável.
ü Duodenal
Switch, é a associação entre a gastrectomia vertical e desvio intestinal, nela
85% do estomago é retirado, mas a anatomia básica e fisiologia são mantidas.
Esse procedimento reduz absorção de nutrientes.
Há uma terapia auxiliar, que é o balão
gástrico, para preparo pré-operatório, não é um procedimento cirúrgico, sendo realizado
por endoscopia para o implante de prótese de silicone, visando diminuir a
capacidade gástrica e provocar saciedade. O balão é preenchido com 500 ml do
líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será
expelido na cor azul pela urina. O paciente fica com o balão por um período
médio de seis meses.
Uma das maiores evoluções tecnológicos
da medicina, foi a videolaparoscopia, uma alternativa melhor, pois é muito
menos invasiva e mais segura, tendo taxa de mortalidade de 0,23%, também aplicável
em todas as técnicas já citadas. É feita por mini incisões (4-7) de 0,5 a 1,2
centímetros cada por onde passa as cânulas e câmera de vídeo, enquanto na cirúrgica
aberta (laparotomia) é feito corte de 10 a 20 centímetros, que tem taxa de 0,8%
a 1 % de mortalidade. Abaixo segue o vídeo feito pelo Dr. Antelmo Sasso Fin:
Referências:
Por: Lucas Sousa Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário