Friedman Coleman, baseou-se em hipótese de Leibel e de
outros pesquisadores, e confirmou que o gene ob codificava um hormônio que passa na corrente sanguínea e que
podem suprimir a ingestão de alimentos e peso corporal. Hormônio que mais tarde
seria chamado de Leptina.
Leptina, de origem grega leptos = magro, é uma proteína
produzida no tecido adiposo branco e composta por 167 aminoácidos. Este
hormônio tem o controle da ingestão alimentar atuando nas células neurais, relacionando
assim a massa corporal ao sistema nervoso central (SNC). No hipotálamo, a
leptina reduz a ingestão dos alimentos e aumenta o gasto energético, além de
regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gorduras. Ou seja,
a principal função da leptina é a regulação dos depósitos de gordura.
Existem receptores para a
leptina:
• ObRb, de cadeia longa (maior numero de
aminoácidos), com maior expressão no hipotálamo;
• ObRa de cadeia curta (menor quantidade de
aminoácidos), encontrados em outros órgãos como o pâncreas.
O aumento de adipócitos está
correlacionado ao aumento da leptina que ocasiona a redução do consumo de
nutrientes. Em controvérsia, no estado de jejum, a glicemia e a porcentagem de
insulina no sangue estão baixas, consequentemente a insulina fica inativa. A queda
da taxa de leptina durante o jejum é um sinal que informa o cérebro da
necessidade de ajustes neuro-hormonais de modo a garantir um metabolismo mais
eficiente.
Em indivíduos obesos, a taxa
de leptina é elevada, característica da hiperleptinemia (resistência a
leptina).
O hormônio produz uma
sensação de saciedade partir da inibição da formação de neuropeptídios (como o
neuropeptídeo Y) e também do aumento da expressão de neuropeptídeos
anorexígenos. Assim, altos níveis de leptina reduzem a ingestão alimentar
enquanto que baixos níveis, induzem hiperfagia ("comer muito").
A leptina interage com a amilina,
um hormônio envolvido no esvaziamento gástrico e sensação de plenitude. Quando
ambas foram dadas aos ratos, de resistência à leptina (obesos), foi observada a
perda de peso. Devido à sua aparente capacidade para inverter a leptina,
amilina tem sido sugerido como possível tratamento para a obesidade.
Estudos realizados em camundongos ob/ob (obesos) mostraram que a
administração exógena de leptina provocava redução da hiperfagia e do peso corporal,
o que gerou uma esperança utilizar a leptina exógena no tratamento de humanos obesos.
Existem apenas duas drogas aprovadas pelo Food and Drug Administration para o
tratamento e controle da obesidade: a sibutramina e o orlistat.
Referência:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000300004
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000100009
http://en.wikipedia.org/wiki/Leptin
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000100009
http://en.wikipedia.org/wiki/Leptin
Por: Juliana Vieira de Aquino
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