terça-feira, 3 de junho de 2014

O que é a leptina?

Friedman Coleman, baseou-se em hipótese de Leibel e de outros pesquisadores, e confirmou que o gene ob codificava um hormônio que passa na corrente sanguínea e que podem suprimir a ingestão de alimentos e peso corporal. Hormônio que mais tarde seria chamado de Leptina.
Leptina, de origem grega leptos = magro, é uma proteína produzida no tecido adiposo branco e composta por 167 aminoácidos. Este hormônio tem o controle da ingestão alimentar atuando nas células neurais, relacionando assim a massa corporal ao sistema nervoso central (SNC). No hipotálamo, a leptina reduz a ingestão dos alimentos e aumenta o gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gorduras. Ou seja, a principal função da leptina é a regulação dos depósitos de gordura.

Existem receptores para a leptina: 

• ObRb, de cadeia longa (maior numero de aminoácidos), com maior expressão no hipotálamo;
• ObRa de cadeia curta (menor quantidade de aminoácidos), encontrados em outros órgãos como o pâncreas.

O aumento de adipócitos está correlacionado ao aumento da leptina que ocasiona a redução do consumo de nutrientes. Em controvérsia, no estado de jejum, a glicemia e a porcentagem de insulina no sangue estão baixas, consequentemente a insulina fica inativa. A queda da taxa de leptina durante o jejum é um sinal que informa o cérebro da necessidade de ajustes neuro-hormonais de modo a garantir um metabolismo mais eficiente. 
Em indivíduos obesos, a taxa de leptina é elevada, característica da hiperleptinemia (resistência a leptina).
O hormônio produz uma sensação de saciedade partir da inibição da formação de neuropeptídios (como o neuropeptídeo Y) e também do aumento da expressão de neuropeptídeos anorexígenos. Assim, altos níveis de leptina reduzem a ingestão alimentar enquanto que baixos níveis, induzem hiperfagia ("comer muito"). 

A leptina interage com a amilina, um hormônio envolvido no esvaziamento gástrico e sensação de plenitude. Quando ambas foram dadas aos ratos, de resistência à leptina (obesos), foi observada a perda de peso. Devido à sua aparente capacidade para inverter a leptina, amilina tem sido sugerido como possível tratamento para a obesidade. 
Estudos realizados em camundongos ob/ob (obesos) mostraram que a administração exógena de leptina provocava redução da hiperfagia e do peso corporal, o que gerou uma esperança utilizar a leptina exógena no tratamento de humanos obesos. Existem apenas duas drogas aprovadas pelo Food and Drug Administration para o tratamento e controle da obesidade: a sibutramina e o orlistat.

Referência:

Por: Juliana Vieira de Aquino

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