quinta-feira, 12 de junho de 2014

Genética, ganho de peso e obesidade.


Até algumas décadas atrás, a obesidade era vista como um problema de caráter. O "gordo" seria "preguiçoso", "guloso" ou de "personalidade fraca". Para muitos, um personagem a parte, uma figura quase caricata na sociedade. Aliás, ainda hoje, muita gente vê a obesidade como uma questão moral. Cada dia mais estudos mostram que as causas da obesidade vão além de mais hábitos alimentares e sedentarismo.
Em alguns casos, defeitos em um único gene provocam um quadro de obesidade acentuada que tipicamente se inicia na infância. Já foram encontrados mais de 30 genes envolvidos no excesso de peso. Como a deficiência absoluta da leptina ou defeito do seu receptor no hipotálamo, provocando além da obesidade, deficiência de hormônio na tireoide. Ou então defeito no receptor MC4R, onde age o hormônio (alfa)-MSG envolvido na sinalização da saciedade.
Em grande parte das vezes o obeso possui várias variações genéticas que pouco contribui sozinha para o peso, mas junto com o ambiente contribui para o sobrepeso.

Mutações do gene MC4R citado anteriormente é um exemplo de mutação mais branda que pouco influencia na gordura corporal. Há um tipo de gene mais "potente" que é o FTO que aumenta em 0,4 kg/m2 o IMC de quem possui uma cópia sua. Mas como age o FTO? Pouco se sabe ainda, sabe se que é expresso em muitos tecidos, sendo o hipotálamo um deles dando origem a uma proteína que fica no núcleo. Infelizmente só se conhece isso, mas o FTO é visto como um dos genes mais importantes nos estudos da obesidade poligênica (obesidade que depende de vários genes).
A genética na obesidade é muito complexa, genes podem ser duplicados ou acidentalmente deletados. No caso dos genes serem deletados o risco de chegar à obesidade mórbida é maior ainda. Pessoas com obesidade mórbida podem possuir mais de variações genéticas relacionadas ao excesso de peso quando comparadas com pessoas que possuem obesidade mais leve.


Referencias:




Por: Guilherme Castro

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