O
fígado é um importante órgão que metaboliza a gordura ingerida. O acúmulo de
gordura no interior do hepatócito é um mecanismo natural, para estocagem de
energia. Porém, ao ingerir um alimento com um teor de gordura maior que o que
necessitamos, ela pode ficar armazenada no fígado, e isso é um dos grandes
problemas desse século, sendo quase que um epidemia, explicada pela epidemia da
obesidade
A
Esteatose hepática não-alcoólica, essa doença é devido ao acúmulo de gordura no
fígado não relacionada ao uso de álcool, e também a inflamação do fígado
(hepatite). De acordo com a Hepcentro, cerca de 45 a 100% dos pacientes não
apresentam sintomas, mas quando apresentam são: desconforto abdominal, fadiga e
indisposição. Também em 12-95% há hepatomegalia (aumento do fígado), na imagem
ao lado compara um fígado normal com um com esteatose, além da cor amarelada
por conta da gordura. Pode-se ver também, na microscopia o quanto de gordura “partes
branca” tem em maior quantidade e tamanho no doente.
Pode ser causada pela obesidade, diabetes, colesterol elevado
e hipertensão, ou seja, pela síndrome metabólica. Pode atingir também aquelas
pessoas que fazem uso abusivo de álcool. Não sendo tratada pode evoluir para
uma cirrose. O diagnóstico pode ser feito pela alteração de enzimas
hepáticas no sangue (AST, ALT, fosfatase alcalina).
A esteatose hepática possui três
graus baseados na quantidade de gordura acumulada no fígado:
- Grau 1: leve
acúmulo de gordura;
- Grau 2:
moderado acúmulo de gordura;
- Grau 3: grande
acúmulo de gordura.
Cerca
de 70% dos pacientes com esteatose não-alcoólica são obesos, por esse motivo, a obesidade está altamente relacionada à esteatose
hepática por fornecer ácidos graxos em excesso de modo que o fígado fique
sobrecarregado e absorva esse excesso.
Em estudos, pesquisadores estudaram o efeito da cirurgia
bariátrica, revelando que houve, em primeira biopsia, dos 284 pacientes, 186
(65,5%) deles tinha grau 3, e 82 (29,9%) grau 4. Em uma segunda biopsia, revelou
completa regressão da doença gordurosa do fígado em 82,8%. Completa regressão
da atividade necroinflamatoria foi observada em 93,1% dos pacientes. Em 12
pacientes que apresentavam fibrose na primeira biopsia, foi observada completa
remissão em 10 e melhora em dois casos. Isso é claro, não diminui os
riscos da cirurgia, como já foi dito em outro post (Link do post aqui)
Referência:
Por: Lucas Sousa Melo
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